
Ceará reduz em quase 30% a proporção de mães adolescentes em cinco anos
Valor sai de 29,21% em 2017 para 12,6% em 2022, aproximando-se da média nacional
Da Redação
11/03/24 • 14h47

A proporção de mães adolescentes entre os nascidos vivos no Ceará diminuiu significativamente de 2017 a 2022, de acordo com um estudo recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Nesse período, a redução foi de 29,21%, passando de 17,8% em 2017 para 12,6% em 2022. Esse índice coloca o estado mais próximo da média nacional, que é de 12,3%, enquanto se distancia da média do Nordeste, de 14,9%.
O estudo revela uma mudança expressiva em todas as regiões do Ceará, com uma diminuição na quantidade de municípios com taxas elevadas de mães adolescentes entre os nascidos vivos. Em 2017, 92 municípios apresentavam proporções elevadas, enquanto em 2022, apenas nove registraram taxas acima de 20%.
A queda na proporção de mães adolescentes pode ter consequências importantes no padrão demográfico do estado ao longo da década de 2020, além de contribuir para a redução do ciclo de pobreza entre essas jovens mães. O estudo identificou também os municípios com as maiores e menores taxas de mães adolescentes, fornecendo dados relevantes para a formulação de políticas públicas voltadas para a prevenção da gravidez na adolescência e o apoio a essas mulheres.
Em 2017, municípios como Itatira, Pacujá e Salitre ocupavam as primeiras posições com as maiores proporções de mães adolescentes, enquanto em 2022, municípios como Ipaporanga, Palmácia e Guaramiranga lideraram o ranking. A redução das taxas em diversos municípios, aliada à aproximação das médias municipais com a média estadual, indica um progresso significativo nesse aspecto ao longo dos últimos anos.
O analista de Políticas Públicas do Ipece e autor do estudo, Victor Hugo de Oliveira, destaca a importância do estudo para o acompanhamento e a formulação de políticas que visem prevenir a gravidez na adolescência e garantir o bem-estar dessas jovens mães. Ao fornecer dados específicos a nível municipal, o estudo permite uma abordagem mais direcionada e eficaz para lidar com esse fenômeno.