Vírus respiratório ainda é principal causa de internações de crianças

Dados foram divulgados pelo InfoGripoe da Fundação Oswaldo Cruz.

Da Redação
25/07/24 • 17h50
Fortaleza está entre as capitais com indícios de crescimento da SRAG. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O vírus sincicial respiratório (VSR) continua sendo a principal causa de internação e óbitos em crianças pequenas, apesar de ter apresentado queda nas últimas semanas, segundo o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (25).

A análise mostra sinais de interrupção ou redução nas hospitalizações por VSR e influenza A. No entanto, em alguns estados do centro-sul, ainda há crescimento dos casos de influenza, especialmente entre idosos, e de VSR e rinovírus em crianças nos estados do Sul e Sudeste. Alguns estados do Norte também registram aumento de casos de VSR e rinovírus em crianças de até 2 anos.

O estudo indica uma queda na tendência de longo prazo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Acre, Bahia, Minas Gerais e Roraima. Entre as capitais, Boa Vista, Fortaleza, Rio Branco, Salvador e São Luís têm indícios de crescimento de SRAG. Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, destaca que o cenário atual da SRAG é principalmente devido aos vírus VSR, influenza A e rinovírus.

A circulação da covid-19 tem aumentado entre os idosos nas últimas semanas em alguns estados do Nordeste e no Amazonas, embora ainda esteja em níveis baixos comparados ao seu histórico. No Amazonas, Alagoas e Pernambuco, há sinais de aumento nas internações por SRAG em idosos devido à covid-19. No Ceará e Piauí, a covid-19 foi a principal causa de internações por SRAG em idosos na última semana.

A mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças pequenas e idosos. Entre os idosos, os óbitos estão associados principalmente ao vírus da gripe influenza A e à covid-19. Na faixa etária de 5 a 64 anos, o vírus influenza A domina entre os óbitos recentes. Tatiana Portella ressalta a importância de que hospitais e unidades de saúde no Norte e Nordeste reforcem a atenção para qualquer aumento expressivo na circulação dos vírus.