
Putin aponta condições russas para negociações de paz na Ucrânia
Presidente russo quer que Ucrânia abandone ambições na Otan e entregue armas enviadas por aliados.
Da Redação
14/06/24 • 19h37

Na sexta-feira (14), em uma movimentação surpreendente no cenário geopolítico, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs um plano de cessar-fogo nas hostilidades com a Ucrânia. A oferta, contudo, veio com condições significativas: a Ucrânia deveria abandonar suas aspirações de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e retirar suas forças de quatro regiões estrategicamente importantes que são atualmente reivindicadas por Moscou.
Putin expressou disposição da Rússia em facilitar a retirada segura das unidades militares ucranianas dessas áreas, a fim de iniciar as negociações de paz. Esta declaração ocorre na véspera de uma cúpula crucial na Suíça, que reunirá mais de 90 países e organizações internacionais para discutir possíveis caminhos para a resolução do conflito na Ucrânia. Notavelmente, a Rússia não foi convidada para este encontro, que Putin descrê como uma “perda de tempo”.
Atualmente, a Rússia mantém o controle de quase um quinto do território ucraniano, num conflito que já se estende pelo terceiro ano. Em resposta às declarações de Putin, a Ucrânia reitera que qualquer acordo de paz deve passar pela retirada completa das forças russas e pela restauração plena de sua integridade territorial.
A proposta de Putin gera debates intensos sobre sua viabilidade e as verdadeiras intenções por trás dela, especialmente considerando o contexto complexo das reivindicações territoriais e o papel da OTAN na região. A cúpula na Suíça, portanto, assume uma importância ainda maior, buscando formular uma resposta coesa e estratégica que possa pavimentar o caminho para um possível fim do conflito.