Outubro é mês de conscientização sobre a perda gestacional

Iniciativa busca promover apoio e empatia às famílias que enfrentam essa experiência dolorosa.

Da Redação
10/10/24 • 09h35

Cerca de 20% das gestações terminam em aborto espontâneo. (Foto: Freestocks)

Outubro é dedicado à conscientização sobre a perda gestacional, uma experiência difícil e muitas vezes envolta em silêncio. Estima-se que cerca de 20% das gestações terminem em aborto espontâneo, uma perda involuntária que ocorre antes da vigésima semana de gestação, com alterações genéticas do embrião sendo a principal causa. Além disso, há o óbito fetal, que ocorre após a 20ª semana, e a morte neonatal, que envolve o falecimento do recém-nascido até o 28º dia de vida.

“O aborto espontâneo, o óbito fetal e a morte neonatal são desfechos trágicos, com causas que podem variar desde problemas genéticos até questões uterinas e imunológicas”, explica o Dr. Marcelo Cavalcante, especialista em medicina reprodutiva. No Brasil, estima-se que uma em cada cinco gestações não chega ao final. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para 2,6 milhões de óbitos fetais ou neonatais anuais.

Condições maternas como problemas de coagulação, distúrbios hormonais e infecções também podem contribuir para esses desfechos. “Ainda que a prevenção seja limitada em muitos casos, cuidados pré-concepcionais e o acompanhamento médico regular são essenciais para minimizar os riscos”, orienta o Dr. Marcelo.

A perda gestacional não deve ser tratada como tabu. É crucial que as famílias recebam apoio e que o luto seja respeitado. “Precisamos falar mais sobre o tema, criando um ambiente de empatia e acolhimento”, destaca o médico.

Neste mês de outubro, a campanha busca promover a conscientização e o apoio às famílias, mostrando que elas não estão sozinhas nessa jornada.