
Otan dá a Biden chance de mostrar que consegue liderar eleitores
Presidente dos Estados Unidos é alvo de dúvidas por parte de membros do Partido Democrata.
Da Redação
09/07/24 • 19h56

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está sediando a cúpula anual da Otan em Washington nesta terça-feira (9), onde receberá os líderes dos Estados-membros da aliança militar. Este encontro é uma oportunidade para ele persuadir seus aliados de que ainda pode desempenhar um papel de liderança significativo no cenário internacional.
Biden, de 81 anos, expressou sua intenção de concorrer contra o republicano Donald Trump, de 78 anos, apesar das dúvidas levantadas por membros do seu partido democrata e doadores, que questionam sua capacidade de disputar a eleição em 5 de novembro, após seu desempenho fraco no debate presidencial em 27 de junho.
Uma das prioridades da política externa de Biden é restaurar as alianças tradicionais dos Estados Unidos para contrabalançar a ameaça das autocracias globais, em contraste com a abordagem de Trump de “América Primeiro”, que tensiou as relações com os aliados tradicionais.
O resultado da eleição presidencial de novembro terá um impacto significativo no futuro da Otan e da Europa. Trump indicou que, em um segundo mandato, não defenderia os membros da Otan que não atingissem a meta mínima de gastos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em caso de ataques militares. Ele também questionou o apoio financeiro dado à Ucrânia no conflito com a invasão russa.
No discurso de abertura, Biden enfatizará o que seu governo vê como uma conquista fundamental: uma Otan mais forte e unida, liderada por Washington, com mais membros e maior determinação em proteger sua segurança coletiva.
A presença dos líderes da Otan demonstra a habilidade de Biden em formar alianças e inspirar confiança, argumentos que são rejeitados por Trump e seus aliados republicanos.
A Otan, que celebra seu 75º aniversário, encontrou um novo propósito em se opor à presidência russa de Vladimir Putin e à invasão da Ucrânia, além de receber a adesão da Finlândia e da Suécia.