
Brasil apresenta objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU
Das 169 metas dos ODS da ONU, apenas 14 foram plenamente cumpridas.

Depois de seis anos, o Brasil apresentou novamente na Organização das Nações Unidas (ONU) um balanço de seus objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Chamado de Relatório Nacional Voluntário, o documento detalha a evolução do Brasil em cada um dos 17 ODS da ONU, no período de 2016 a 2022.
A apresentação do relatório foi realizada nesta quarta-feira (17) pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, durante o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, na sede da ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos. Segundo Macêdo, o Brasil retomou a apresentação do relatório para demonstrar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a Agenda 2030.
O relatório revela que, das 169 metas dos ODS, apenas 14 (8,2%) foram plenamente cumpridas; 35 (20,7%) apresentaram uma evolução positiva; 26 (15,4%) não mostraram nenhum progresso; e 23 (13,6%) sofreram retrocessos. Outras 71 metas (42%) não puderam ser adequadamente avaliadas devido à falta de dados ou irregularidades nas séries de dados coletados. “Infelizmente, tivemos um desmonte de políticas públicas de proteção nos últimos seis anos, especialmente nos últimos quatro”, afirmou Macêdo.
O documento também destacou as ações que o atual governo federal tem implementado desde 2023 para avançar na Agenda 2030 e nas metas dos ODS. Entre as iniciativas estão a recriação da Comissão Nacional dos ODS, a retomada de programas de combate à fome, pobreza e desigualdade, e a promoção de uma transição energética justa e sustentável. Além disso, o governo tem priorizado a preservação dos biomas, a defesa da democracia, a igualdade racial, o trabalho decente e a participação da sociedade nas decisões de políticas públicas.
O ministro ressaltou que, ao assumir o terceiro mandato, o presidente Lula encontrou 33 milhões de brasileiros famintos e um terço da população com algum tipo de insegurança alimentar. Com a retomada de programas como o Bolsa Família e as Cozinhas Solidárias, além de iniciativas na economia popular e programas sociais, 24,5 milhões de brasileiros foram retirados da fome e da miséria absoluta.
Além disso, foram lançados programas como o Plano Brasil Sem Fome, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos para Merenda Escolar, o Plano Safra da Agricultura Familiar e do Agronegócio, e a Política Nacional de Agroecologia, como parte das estratégias para avançar nas metas dos ODS.