
Ao menos oito mulheres sofrem violência doméstica a cada 24 horas
Dados representam um aumento de 22,04% em relação a 2022
Da Redação
07/03/24 • 11h00

Os dados do novo boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, divulgado nesta quinta-feira, 07, apresentou dados alarmantes. No ano de 2023, o registro de violência doméstica contra mulheres atingiu uma média de oito vítimas a cada 24 horas em oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP). O levantamento revelou 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022.
As diversas formas de violência foram registradas, como ameaças, agressões, torturas, ofensas e assédio. Com destaque para 586 vítimas de feminicídios. Isso equivale a uma mulher morta a cada 15 horas, em grande parte por parceiros ou ex-parceiros (72,7%), frequentemente utilizando armas brancas (38,12%) ou armas de fogo (23,75%).
O boletim expandiu sua área de monitoramento incluindo o Pará pela primeira vez, que se posicionou como o quinto estado com 224 eventos de violência contra mulheres. Na Região Amazônica, a desigualdade social e a atividade de garimpo foram apontadas como agravantes dessas dinâmicas violentas. Comparando com 2022, São Paulo ultrapassou mil eventos de violência, com alta de 20,38%, o Rio de Janeiro registrou 13,94% a mais e o Piauí liderou com quase 80% de aumento em um ano.
No Nordeste, Pernambuco contabilizou 319 casos de violência, com 92 feminicídios; a Bahia liderou em número de mortes de mulheres (199); o Ceará registrou mais transfeminicídios (7), e o Maranhão liderou os casos de violência sexual/estupro, com 40 ocorrências.