Álcool causa 2,6 milhões de mortes todos os anos no mundo, aponta OMS

Valor representa 4,7% de todos os óbitos anuais.

Da Redação
25/06/24 • 16h40

Consumo de álcool caiu de 5,7 litros para 5,5 litros entre 2010 e 2019. (Foto: Agência Brasil)

O consumo de álcool é responsável por 2,6 milhões de mortes anuais no mundo, representando 4,7% de todas as mortes globais. Já o uso de drogas psicoativas resulta em 600 mil mortes por ano. Esses dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Relatório Global sobre Álcool, Saúde e Tratamento de Transtornos por Uso de Substâncias revela que 2 milhões de mortes por álcool e 400 mil por drogas são registradas entre homens. O estudo baseia-se em informações de saúde pública de 2019.

A OMS estima que, nesse período, 400 mil pessoas viviam com desordens relacionadas ao consumo de álcool e drogas, sendo 209 milhões dependentes de álcool. O uso de substâncias prejudica severamente a saúde, aumentando o risco de doenças crônicas e resultando em milhões de mortes preveníveis.

A OMS destaca a necessidade urgente de ações globais para reduzir o consumo de álcool e drogas e ampliar o acesso a tratamento de qualidade para transtornos causados pelo uso de substâncias. “Para uma sociedade mais saudável e equitativa, devemos nos comprometer com ações ousadas para reduzir as consequências negativas do consumo de álcool e tornar o tratamento acessível.”

A maioria das mortes por álcool ocorre na Europa e África, com taxas de mortalidade mais elevadas em países de baixa renda. Em 2019, cerca de 1,6 milhões de mortes atribuídas ao álcool foram por doenças crônicas não transmissíveis, 724 mil por ferimentos causados por acidentes e violência, e 284 mil por doenças crônicas transmissíveis.

O consumo total per capita de álcool globalmente caiu de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019. Os índices mais altos foram na Europa (9,2 litros per capita) e nas Américas (7,5 litros per capita). Em 2019, 38% das pessoas que consumiram álcool registraram pelo menos um episódio de consumo excessivo no mês anterior, sendo essa prática mais prevalente entre homens. Além disso, 23,5% dos jovens entre 15 e 19 anos afirmaram consumir álcool, com os índices mais altos na Europa (45,9%) e nas Américas (43,9%).